Sunday, July 26, 2009

17 anos de Nits na minha vida. Brincadeira...! Parece que faz pouco tempo que a gente corria uma atrás da outra no corredor da casa dela, que brincávamos de boneca ("Olha a complicação que é fazer um espacate com essa Barbie!"), que juntávamos todos os nossos bichinhos para brincar de Floresta, que dançávamos ao som de A-HA com o clipe da bicha peluda, que nos fazíamos de princesas e nos abanávamos com os embrulhos dos ovos de Páscoa, que eu era a Andróide 18 e você a Chichi, que fingíamos que éramos espiãs."Prestenção, a senha é Rabo-de-Galo à meia-noite"! Quem que tá batendo? Ah, é a Ziro - naquela época ela não conseguia abrir a porta muito menos lembrar da senha. Caminhando na praia, visitando nossos amigos de pseudo-La Push, ouvindo MCR até os ouvidos doerem, brincando de Twister, cantando Monkees, fazendo correnteza no ofurô e jogando biribol no verão; vendo Friends, tomando caldo no Festival, jogando gato-mia no inverno.

Já perdi a conta de quantas noites a gente chamou a Rach de Bella Apodrecida e jogou água no ouvido da Ziro pra ela acordar. Já perdi a conta de quantas vezes ela ficou acordada madrugada adentro comentando o filme que a gente viu ou apenas trocando experiências e ouvindo problemas. Falando sobre trivialidades ou tentando entender meus sonhos esquisitos, dando algum significado à eles..."Nits, posso ler sua agenda já?" "Calma, tô acabando, me passa a sua". "Jesse ou Morten?" "Ah Jules, não faz pergunta difícil!". "PRESSURE!" " 'ude, Queijo". "Nada de Pelé, não acaba com esse jogo".

Eu a vi crescendo até ela ficar (bem) mais alta que eu. Vi aquelas bochechas rosadas de criança se transformarem no que ela é agora, me alcançando sempre em termos de assunto mesmo sendo mais nova. Junto com ela e mais nossas irmãs mais novas me sinto a pessoa mais bem-amada e feliz de todas. Ela tem o melhor abraço de todos, e nunca reclama quando eu os peço. Tem os ouvidos mais pacientes e o maior cuidado para emitir suas opiniões. Sabe quando brincar e quando é preciso ser racional. Sempre balanceada...ou nem tanto, quando dá na telha de dar a louca e fazer nossas idiotices. Não sei se algum dia vou encontrar amiga como essa; demos a sorte de termos nascido na mesma família. Não tenho medo de contar nada porque sei que ela nunca me julgará sem pensar. Que vai estar sempre lá quando eu mais precisar, assim como eu sempre estarei para ela. E mais 17 anos juntas para nós, por favor.

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